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Motoboy terceirizado – Cuidados para não configurar vínculo empregatício

Com o crescimento das vendas por delivery em função da pandemia, muitas empresas precisaram tomar os serviços de entrega de motoboys em regime terceirizado.

O modelo de contratação, bem como alguns elementos da rotina do motoboy, contudo, podem caracterizar vínculo empregatício, favorecendo a reclamação judicial.

TÓPICOS DESTA MATÉRIA:

  • Atenção as situações de risco
  • Orientações para o contrato
  • Acidente de trânsito com o motoboy a serviço da empresa
  • Tomando todos esses cuidados há total segurança jurídica?

ATENÇÃO ÀS SITUAÇÕES DE RISCO

  • Ficar ” à disposição da loja”

Expressar no contrato ou anúncio de vaga (qualquer meio escrito) que os serviços são regulares/diários ou sob demanda não caracteriza vínculo. No entanto, “ficar à disposição da empresa” sim, é elemento que caracteriza vínculo.

  • Usar uniforme da empresa

Evite que o motoboy utilize camiseta ou uniforme padrão da empresa. A melhor saída é produzir um crachá ou uniforme diferenciado para prestadores de serviços, contendo esta inscrição neles (Prestador de Serviço)

  • Receber em nome da empresa

Seja através de máquina de cartão ou em dinheiro, o motoboy receber em nome da empresa é um forte argumento para demonstrar vínculo empregatício. Para vendas por WhatsApp, é possível utilizar links de pagamento, evitando que o motoboy realize este serviço.

  • Ter um supervisor da atividade

Por mais contraditório que pareça, prestar contas das entregas realizadas não gera vínculo, é obrigação do prestador. Porém, a supervisão no exercício da atividade é poder diretivo do empregador, caracterizando-se como fiscalização e subordinação, sendo o elemento principal do vínculo empregatício.

  • Contratar pessoa física

A contratação deve ser feita através de Pessoa Jurídica (PJ) e estabelecer em contrato as rotinas da prestação de serviço.

ACIDENTE DE TRÂNSITO COM O MOTOBOY A SERVIÇO DA EMPRESA

Caso o prestador não seja Pessoa Jurídica e não tenha contrato que regularize essa prestação de serviços, a responsabilidade do acidente será imputada integralmente à empresa, em razão da caracterização do vínculo empregatício.

ORIENTAÇÕES PARA O CONTRATO

O ideal é que procure uma assessoria jurídica para elaboração do contrato. Tenha em mãos os documentos e informações:

  • Contrato social consolidado da PJ
  • Documentos pessoais do motoboy específico, ou se for prestador
    por vários, não precisa necessariamente
  • Início e término da contratação
  • Valor da contratação
  • Quantidade de horas contratadas por semana (não pode ser 40 ou
    48, senão pode descaracterizar o serviço eventual, salvo se prestado
    por vários motoboys)
  • Local onde será coletado o produto para entrega
  • Outros detalhes específicos da contratação comercial

TOMANDO TODOS ESSES CUIDADOS HÁ TOTAL SEGURANÇA JURÍDICA?

100% de segurança não. Porém, ameniza bastante os argumentos de um advogado em caso de acionamento jurídico, principalmente havendo contrato assinado pelo prestador.

Evite que o motoboy utilize camiseta ou uniforme padrão da empresa. A melhor saída é produzir um crachá ou uniforme diferenciado para prestadores de serviços, contendo esta inscrição neles (Prestador de Serviço)

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